Spcine participa do IV Encontro de Ideias Audiovisuais da Mostra SP com três painéis

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Com tradução para o Guarani em duas dessas atividades, as conversas serão realizadas na Cinemateca Brasileira (Sala Grande Otelo)

Nesta sexta-feira (25), a Spcine participa do IV Encontro de Ideias Audiovisuais, ação de mercado da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, incluindo três painéis gratuitos que serão realizados da Cinemateca Brasileira (Sala Grande Otelo). O primeiro deles será às 11h45, com o título  “Circuito Spcine: Acesso e Políticas Sociais”, apresentado por Emiliano Zapata e Leandro Pardí, respectivamente diretor e superintendente da área de Inovação e Políticas do Audiovisual da Spcine. 

Zapata e Pardí vão discorrer sobre a contribuição do Circuito Spcine, formado por 32 salas publicadas espalhadas principalmente em territórios periféricos, na difusão cultural e no acesso ao audiovisual.   A atividade vai contar com tradução para o Guarani feita por Alberto Álvares, cineasta, mestre em cinema e audiovisual, professor e tradutor.

Já às 12h30, será a vez do painel “O Audiovisual da Diversidade Mundo Afora”, que vai abordar a relação Brasil e Colômbia no audiovisual por meio da Spcine e Proimágenes, duas entidades relevantes no apoio, fomento e promoção de políticas afirmativas em prol de um audiovisual mais diverso. 

Esse painel terá as participações de Alfredo Marimon (Crudo Films) , Andrio Candido (escritor, ator e produtor cultural), Carlos Moreno (Proimágenes) e Leila Boudoukan (saiba mais sobre eles abaixo). Durante a atividade, serão apresentados dados, estudos de caso e relatos de profissionais que participaram das ações, programas de incentivo e formação, subsidiados por ambas as empresas, incluindo profissionalização, exibição de filmes e participação em mercados em outros países. 

Finalizando a sequência de painéis da Spcine no IV Encontro Ideias às 17h30, serão apresentados os resultados preliminares do Mapeamento Audiovisual Indígena. Encomendado pelo  Observatório Spcine e realizado pelo Instituto Catitu, o estudo será apresentado por Olinda Tupinambá (produtora cultural, performer e realizadora audiovisual) e Mari Corrêa (documentarista e fundadora do Instituto Catitu). 

A publicação foca na atuação audiovisual indígena em São Paulo e tem o objetivo de contribuir com a formulação de políticas públicas afirmativas voltadas à produção audiovisual realizada por pessoas indígenas. O mapeamento abrange o público indígena da Região Metropolitana de São Paulo e das Terras Indígenas, localizadas no Estado de São Paulo. A equipe responsável pelo estudo participará da mesa. A atividade também terá tradução para o Guarani realizada por Álvares. 

Para participar dos painéis, inscreva-se pelo link:  https://bit.ly/48fh0Kf. As vagas são limitadas. 

Saiba mais sobre os participantes: 

Emiliano Zapata

Emiliano Zapata é diretor de Inovação e Políticas do Audiovisual da Spcine, área responsável pelo Circuito Spcine – formado por 32 salas públicas espalhadas principalmente em territórios periféricos. É artista e produtor, que acredita na arte enquanto um processo de experimentação que busca muito mais perguntas do que respostas. Nascido em São Paulo com passagens por Los Angeles, Nova York e Sydney, com formação em Audiovisual e Comunicação e especializações em Políticas Públicas Sociais e Artes Dramáticas. Tem como objetivo disseminar a arte queer no cenário artístico mundial, trazendo narrativas exuberantes e contrárias às opressões decorrentes do passado, maximizando as possibilidades de uma nova era onde o diferente seja respeitado no imaginário da sociedade, e jamais reprimido.

Leandro Pardi 

Bacharel em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo e pós – graduado em Gestão de Negócios pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Leandro Pardi é superintendente de Políticas Audiovisuais da Spcine. Atuou na Cinemateca Brasileira por mais de 15 anos, incluindo supervisão de projetos de formação de público para o cinema brasileiro, coordenação de programação institucional, entre outros. 

Leila Bourdoukan

Leila Bourdoukan é diretora de Desenvolvimento Econômico e Parcerias Estratégicas da Spcine. Jornalista e produtora cultural paulistana, atua há mais de 30 anos em diversas áreas do audiovisual brasileiro. Tem experiência em produção cinematográfica e de eventos, gerenciamento de projetos culturais, implantação de salas de cinemas, distribuição e promoção de filmes no Brasil e exterior,  além de assessoria de imprensa especializada na divulgação de longas-metragens e eventos audiovisuais.

Nos últimos oito anos,  atuou como consultora, com foco na indústria audiovisual brasileira, participando de mercados e festivais, intermediando compra e venda de filmes. Criou em 2022 a distribuidora Ao Vento Filmes, ao lado do roteirista Di Moretti, para fazer parceria com cineastas na distribuição, promoção e divulgação de filmes.

Andrio Candido

Andrio é formado em História e Artes do Palco, escritor, ator e produtor cultural da periferia, fundador do Coletivo Cultural Marginaliaria, é autor do livro de poesias “Dente de Leão” (2017), do romance infantojuvenil “Corre” (2019),  ator, produtor e roteirista do longa metragem periférico “Um Salve Doutor” (2014), diretor dos curtas metragens Germinar (2020), Saudade (2021), idealizador, produtor executivo e apresentador do web programa Sarau na Cozinha (2022), está produzindo seu segundo longa-metragem de baixo-orçamento , Mó Viagem(2024).

Carlos Moreno  

Carlos Moreno é um profissional experiente na produção criativa de festivais de cinema, mercados e encontros da indústria audiovisual. Tem uma sólida trajetória no desenvolvimento de estratégias eficazes para promover o conteúdo e o talento colombianos, e estabelecer alianças estratégicas com instituições públicas e empresas privadas. Atualmente, é Diretor de Promoção Internacional da Proimágenes Colombia. 

Alfredo Marimón –  Fundador e diretor – Crudo Films

Formado em Direção de Cinema e Televisão pela Universidade Nacional da Colômbia. Co-dirigiu e coproduziu o documentário [ITÁLICO]El Corral[ITÁLICO],

selecionado no Festival Internacional de CurtasMetragens de Oberhausen, Entrevues Belfort e ZINEBI.

Vencedor do prêmio FEISAL no Festival de Cinema de Havana em 2019. Convidado para o Málaga Talents 2020, Talents de Buenos Aires 2021 e para o Toolbox Program do EFM 2024. Vencedor do Fundo para o Desenvolvimento Cinematográfico Colombiano (2021, 2022 e 2023). Atualmente, é programador do Festival de Cinema de Cartagena desde 2022 e presidente do Conselho de Cinema de Cartagena.

Olinda Tupinambá

Olinda Tupinambá é multiartista graduada em comunicação social. É produtora cultural, performer e realizadora audiovisual. Seu trabalho se destaca com a proposta de usar seu corpo como um corpo político, um corpo que se transmuta para falar de outros mundos possíveis, visibilizar e discutir as questões ambientais e a relação do homem com a natureza, tema recorrente em algumas obras. Trabalha com audiovisual desde o final de 2015, entre documentários, ficção e performance produziu e dirigiu 10 obras audiovisuais próprias e independentes. Foi curadora de diversos festivais e mostra de cinema, entre eles o Festival de Cinema Indígena Cine Kurumin (2020) e (2021) Mostra Lugar de Mulher é no Cinema (2020) e (2021) 1º Festival de Cinema e Cultura Indígena – FeCCI 2022. Produtora de duas mostras de cinema: Mostra Paraguaçu de Cinema Indígena (2017) e Amotara – Olhares das Mulheres Indígenas (2021) e um festival de cinema: Festival Kaapora de Cinema Indígena e Ambiental. Integrou o grupo de pesquisa “Culturas de Antirracismo na América Latina” (CARLA- UFBA). Em 2024 teve sua primeira participação internacional na 60ª Bienal de Veneza com a obra Equilíbrio. Foi indicada ao prêmio Pipa 2024.

Mari Corrêa

Mari Corrêa é documentarista e fundadora do Instituto Catitu, onde criou o programa de formação audiovisual para que mulheres indígenas potencializem o seu protagonismo e valorizem seus conhecimentos. Iniciou sua atuação com comunidades indígenas em 1992, no Parque Indígena do Xingu, e desenvolveu uma metodologia de formação de cineastas indígenas, na qual produziu cerca de 30 filmes de autoria indígena. Idealizou a Rede Audiovisual das Mulheres Indígenas – Rede Katahirine, onde atua como conselheira e coordenadora.