Sense8 estreia nova temporada com cenas em São Paulo

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Quem vive em São Paulo, ou possui alguma conexão com a pauliceia, terá a chance de ver cenas da Avenida Paulista, em dia de Parada LGBT, na 2ª temporada da série Sense8. O segundo ano da super produção da Netflix, que conta a história de oito desconhecidos que descobrem estar mental e emocionalmente conectados, já está disponível no catálogo da plataforma.

Nas palavras da coordenadora da São Paulo Film Commission, Tammy Weiss, trazer a produção para cá indiscutivelmente foi uma das maiores conquistas da Spcine. As negociações começaram no fim de 2015 durante o Ventana Sur, evento realizado em Buenos Aires que reúne agentes do mercado audiovisual.

Lá, a empresa conheceu Bill Bowling, produtor e consultor internacional da série, que estava à procura de uma cidade com uma parada LGBT de impacto. A de São Paulo mobiliza milhões de pessoas há 20 anos e é considerada uma das maiores do mundo. Resultado? Parceria fechada.

Das tratativas iniciais, coordenadas pela Spcine, até as gravações foi um processo que demandou tempo e envolveu negociações com a entidade organizadora do evento, poder público e CET. A O2 Filmes se encarregou de produzir as filmagens na capital paulista.

“Tudo transcorreu em perfeitas condições. O evento na Paulista não foi prejudicado e contribuiu para a construção da história”, conta Weiss. Além do cartão postal, a esquina da Chucri Zaidan com a Rua Henri Dunant também foi usada como locação e a ponte estaiada, na Marginal Pinheiros, está na vinheta de apresentação. Desembarcar em São Paulo só comprova o DNA cosmopolita da série, que já rodou em cidades como Nairobi, Mumbai, Seul e México.

Entre uma filmagem e outra, a diretora de Sense8, Lana Wachowski, ainda aceitou um convite especial da Spcine: visitar o Centro de Cidadania LGBT. Durante o encontro, ela compartilhou sua história e deu sua opinião sobre como o audiovisual retrata pessoas trans. “Quando eu era jovem não havia personagens LGBT na TV, no cinema. Ou eram retratados com uma história trágica, como viciados, tristes, psicopatas. E eu entendi que queria mudar esse cenário. Temos os mesmos direitos como humanos, o direito de imaginar o mundo, de encontrar amor, ser feliz, buscar nosso lugar no mundo”, afirmou a diretora na ocasião. Lana Wachowski é uma mulher transgênero, assim como sua irmã, Lilly Wachowski. Ambas são conhecidas por terem dirigido a trilogia “Matrix”.
Embora esteja prestes a completar um ano de operação, a São Paulo Film Commission quer se inspirar em exemplos como o de Nova York, que movimenta U$ 9 bilhões por ano com as produções audiovisuais, da Nova Zelândia que, depois das gravações do “Senhor dos Anéis”, se tornou um grande polo turístico, e da Tailândia, que recebe 700 filmagens internacionais por ano. “Atrair produções fora do território brasileiro é fundamental para a visibilidade da cidade, da cultura paulista, como também para aumentar a movimentação econômica e geração de milhares postos de trabalhos”, afirma Weiss. 
Abaixo, mais algumas imagens das gravações da série na Paulista.

 

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