São Paulo Film Commission completa um ano de operação com balanço positivo

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De um atendimento que demandava dias, semanas, meses a uma negociação objetiva, com prazos delimitados e valores de locação proporcionais ao tipo de produção. Foi este o salto logístico conquistado pela São Paulo Film Commission ao longo do seu primeiro ano de vida, completado em 16 de maio. 

“Saímos de uma circunstância negativa de organização para o extremo oposto. Hoje somos capazes de conseguir autorização em poucos dias úteis [são três para publicidade e oito para outros formatos], oferecer descontos para os realizadores de acordo com o formato e contabilizar dados do mercado audiovisual a partir das demandas que passam por aqui”, explica Tammy Weiss, coordenadora do departamento da Spcine. “O que implantamos é tendência em outros escritórios de cinema espalhados pelo mundo, com o diferencial de um atendimento de uma equipe de alto nível e especializada em produção audiovisual”, continua.

Suas estatísticas, extraídas do Cadastro Único – plataforma onde os realizadores solicitam as filmagens – comprovam o dinamismo do mercado audiovisual em São Paulo. De um ano para cá, a Film Commission atendeu 858 solicitações. Deste total, 347 foram contabilizados entre janeiro e maio de 2017.

A publicidade continua sendo o formato mais demandado, com 378 solicitações. Pegando o mesmo recorte temporal, que vai de janeiro a maio deste ano, o número de atendimento é de 169. 

Curtas-metragens, programas de TV e documentários ocupam as três posições seguintes, com 132, 81 e 50 solicitações respectivamente. As séries e os longas-metragens estão no quinto e sexto lugares, com 44 e 41 pedidos de filmagem.

A soma dos orçamentos das produções que pediram para rodar na capital paulista, via film commission, também é expressiva: mais de R$ 366 milhões.

Lançado em março deste ano, o aplicativo que oferece ao produtor um numeroso catálogo de locações tem cerca de 500 usuários ativos. A ferramenta está disponível gratuitamente nos sistemas Android e iOS.  

Trajetória

A São Paulo Film Commission começou a atuar formalmente na capital paulista em 16 de maio de 2016, após a assinatura de um decreto municipal. Até então, os realizadores tratavam direto com os órgãos responsáveis por cada locação, o que implicava em longos períodos de espera, confusão nos procedimentos e cobrança de valores que não atendiam a realidade de mercado.

Desde a sua existência, a film commission responde as solicitações de filmagem entre três e oito dias úteis, e estabelece uma tabela de preços que varia de acordo com o tipo da produção, com descontos que vão de 5% a 95%. As medidas incentivam a utilização dos espaços públicos como cenário para as obras audiovisuais.

A forma como o realizador solicita a locação também é inovadora. Basta preencher os dados no Cadastro Único, plataforma que conecta o departamento e o produtor audiovisual. Na página, o realizador informa as necessidades e dados da produção. A partir daí, o departamento da Spcine negocia com os órgãos envolvidos a liberação de ruas, parques e outros espaços para filmagem.

De acordo a coordenadora da área, o sistema otimiza o atendimento ao produtor. “Ele também extingue a necessidade de cada departamento da Prefeitura acumular processos burocráticos, que, agora, são feitos exclusivamente pela film commission”, completa.

A relação com a CET, um dos órgãos mais demandados pelo mercado audiovisual, também se estreitou de um ano para cá, segundo Daniel Celli, assessor do departamento. “A parceria evoluiu muito, sobretudo a partir da definição de um profissional como ponto focal para gerir os pedidos de filmagem”.  

Projeto de Lei

No fim de 2016, a São Paulo Film Commission decidiu solidificar sua atuação enviando um projeto de lei para a Câmara Municipal. Para ser aprovado, é necessário passar por algumas comissões legislativas para, aí então, seguir para a votação dos vereadores.

O documento consolida o departamento com uma política de estado, fortalecendo as regulamentações do Decreto já estabelecido, como ponto focal das filmagens na cidade, sejam elas direcionadas aos equipamentos da administração direta ou indireta da Prefeitura. Entre outros pontos, ele também garante a permanência do conselho de filmagens e a disponibilidade integral de um funcionário da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

“Fortalecer a São Paulo Film Commission por meio de uma lei garante a continuidade de uma política assertiva que beneficia o setor audiovisual, a economia local, o turismo, e gera milhares de postos de trabalho”, conclui Weiss.

Identidade Visual

A São Paulo Film Commission acaba de ganhar sua nova identidade visual (veja abaixo). O símbolo representa o desenho de uma câmera dentro de uma silhueta do estado de São Paulo. A arte estará presente nos materiais de comunicação visual do departamento, incluindo o aplicativo.

 

 

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