Produções de mais de 60 países chegam aos cinemas paulistanos nesta quinta (25/8) dentro da programação do 27º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo. O evento apresenta cerca de 400 títulos em diferentes pontos da cidade até 4 de setembro.
“O Estado no Mundo” é o tema escolhido para esta edição, com o intuito de captar as transformações políticas e sociais que vem ocorrendo em diversas partes do mundo. “São filmes que nos ajudam a decifrar o momento em que vivemos e os novos códigos impostos nos relacionamentos. A intenção ao escolher os curtas é que os mesmos possam funcionar como janelas abertas sobre as nossas vidas”, explica Zita Carvalhosa, diretora do festival.
Entre os destaques desta edição estão curtas premiados nas últimas edições dos mais importantes festivais mundiais, como o português “Balada de um Batráquio” (Leonor Teles), vencedor da Berlinale, o chileno “As Coisas Simples” (Alvaro Anguita), ganhador do Grand-Prix do Festival de Clermont-Ferrand, e o nacional “A Moça que Dançou com o Diabo” (João Paulo Miranda Maria) que recebeu Menção Especial na Competição Oficial de Cannes.
Neste ano, o Circuito Spcine recebe a programação oficial do festival, junto às salas do MIS, CineSesc, Cinemateca Brasileira, Espaço Itaú Augusta e UNIBES Cultural. A sala Spcine Lima Barreto, no Centro Cultural São Paulo, exibe, além da programação das principais mostras, uma retrospectiva dos curtas-metragens do diretor Kleber Mendonça Filho – do aclamado “O Som ao Redor” e do ainda inédito “Aquarius”. As salas dos CEUs São Rafael, Butantã, Aricanduva, Caminho do Mar e Paz também recebem títulos da programação.
No programa especial, os destaques são para Dessine Toujours, seleção de animações sobre liberdade de expressão organizada pelo Canal +, da França, em virtude do trágico episódio na redação da revista Charlie Hebdo, e Feminino Plural, que exibirá duas mostras de curtas realizados por jovens mulheres cineastas a partir de 2010.
#MulheresNoAudiovisual
As mulheres têm o protagonismo desta edição do festival. Em parceria com o Coletivo Vermelha, o Festival Internacional de Curtas de São Paulo este ano propõe um bate-papo com a programadora e diretora da sala de cinema Bio Rio, em Estocolmo (Suécia) Ellen Tejle sobre igualdade de gênero no audiovisual.
Além disso, a Spcine e o Coletivo Vermelha premiam com R$ 1,5 mil o melhor curta dirigido ou codirigido por uma mulher. A referência do prêmio é o teste de Bechdel, que avalia, entre outras coisas, se uma obra de ficção possui no mínimo duas mulheres que conversam entre si sobre algo que não seja homens.
A programação completa está disponível em no site 27º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo.