A equipe da Spcine lamenta o falecimento do cineasta Hector Babenco, um dos principais nomes da cinematografia brasileira.
Argentino radicado no Brasil, ele foi responsável por alguns dos títulos de maior sucesso da produção nacional. Em 1980, lançou “Pixote – A Lei dos Mais Fracos”, um retrato sobre a juventude de rua de São Paulo, estrelado por Marília Pêra e Fernando Ramos da Silva. O filme lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro do melhor filme estrangeiro.
Seu maior êxito internacional, no entanto, veio com “O Beijo da Mulher Aranha”, de 1985. A coprodução Brasil-Estados Unidos trazia no elenco a atriz Sônia Braga e os atores Raúl Júlia e William Hurt. A produção concorreu em duas categorias no Festival de Cannes e em quatro no Oscar, incluindo uma indicação de melhor diretor para Babenco. Ambas as premiações concederam a Hurt o prêmio pela atuação no papel do protagonista Luís Molina.
A filmografia do diretor ainda conta com “Carandiru”, baseado no livro de Drauzio Varella sobre aquele que foi o maior presídio da América Latina. A produção foi um sucesso de público, levando 4,6 milhões de espectadores aos cinemas e se tornando uma das maiores bilheterias nacionais desde a Retomada.
Seu último filme, “Meu Amigo Hindu”, uma quase-autobiografia protagonizada por Williem Defoe, foi lançado neste ano com codistribuição da Spcine. Deste, retiramos a imagem que ilustra esta notícia em que a personagem de Barbara Paz dança sob a chuva ao som de “Singing in the rain”.
“Ele fez uma carreira brilhante e teve um raro reconhecimento de crítica e do público. Dentro e fora do Brasil. Fico feliz de ter tido a oportunidade de conhecê-lo e compartilhado ótimos papos com ele”, afirmou Alfredo Manevy, diretor-presidente da Spcine.